Em 2014, Alessandro Feitoza ministrou algumas palestras no FTSL – Fórum de Tecnologia e Software Livre. Lá ele também teve a oportunidade de conhecer parte da comunidade de PHP do Brasil, entre eles André Cardoso (PHP-PR), e Cobucci (PHP-SC). Assim, ele conheceu o que realmente era uma Comunidade PHP.
Ao voltar para o Ceará, no dia 21 de setembro do mesmo ano, Alessandro procurou e não encontrou nenhuma comunidade de PHP no estado. Sendo assim, ele resolveu fundar a comunidade PHP com Rapadura, uma forma de não prender a comunidade ao Estado, mas mantendo sua regionalidade e fazendo alusão a ele, já que Rapadura é um produto originalmente criado no Ceará.
Em menos de 3 anos de existência, a comunidade conseguiu se tornar uma das mais ativas comunidades de PHP do Brasil, realizando vários eventos não só na capital cearense, mas em todas as 14 macrorregiões dos 184 municípios do Ceará. E sempre se mantendo presente em eventos de inclusão digital, software livre, e compartilhamento de conhecimento, como é o caso do FLISoL, Expotec, FISL, Campus Party, Vale Web Livre, COMSOLiD, entre outros.
Em Fortaleza, o PHP com Rapadura realiza os “Encontros de Devs PHP do Estado do Ceará”, que acontecem a cada 3 meses sempre em uma faculdade/ escola diferente, promovendo, assim, mais inclusão e fomentando a existência de uma comunidade de PHP no Estado. Já nas outras cidades, em sua maioria do interior, o grupo promovo os “PHP com Rapadura in {cidade}”, onde alguns dos membros mais ativos membros para divulgar e evangelizar a linguagem muitas vezes em ambientes que não são férteis para a tecnologia, tentando, assim, ampliar os horizontes dessa meninada que está tentando entrar no mercado de trabalho.
Inclusão Digital foi o ponto de ignição, mas de uns tempos pra cá, o PHP com Rapadura ampliou isso para “Inclusão e Profissionalização”, pois os membros chegaram a conclusão de que nada adianta apenas mostrar a linguagem. É preciso guiar essa nova geração de desenvolvedores de uma forma eficiente, profissional e colaborativa, ensinando Padrões de Desenvolvimento de Software que os tornam mais especialistas.
A comunidade preza por manter uma boa relação com outras comunidades da região e, sempre que possível, desenvolve parcerias que possam fortalecer ambos os lados, como é o caso da parceria com a Darkmira Tour Community, que os levou a realizar em conjunto um evento altamente profissional com foco em Segurança de Aplicações PHP e Boas Práticas. E também a parceria local recente com a comunidade DojoCE, que promove encontros para fortalecer o conhecimento em várias linguagens, usando sempre linguagens diferentes em cada encontro. E sempre que a linguagem do encontro é PHP, a comunidade está presente. Além disso, eles mantêm boas relações com as comunidades de Software Livre.
Claro que nem sempre é possível estar em todos os eventos que são realizados não só dentro, como fora do Estado. Mas os membros tentam, ao máximo, se fazerem presentes, mesmo que distantes. Mostrando que uma comunidade, não importa de qual linguagem, é uma solução viável para resolver problemas sociais da região, como a falta de inclusão, a falta de profissionais qualificados, e claro, a comunidade como ferramenta de democratização do acesso ao conhecimento.
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